Descoberto na cidade de Piedade no Brasil este cogumelo ganhou notoriedade quando se verificou que a população local que o consumia regularmente tinha uma longevidade muito superior às populações vizinhas. Aqui começou a lenda do cogumelo-da-vida.

De fato embora as suas qualidades gastronómicas sejam reconhecidas, nomeadamente a sua textura suave e sabor a lembrar amêndoas, são as suas qualidades e benefícios ao nível da saúde que lhe deram reputação internacional e fizeram com que a sua atual utilização seja maioritariamente em suplementos alimentares de vários tipos.

Na verdade não existem fatos científicos que corroborem a lenda. Este cogumelo não possui nenhum composto que per si aumente a longevidade ou previna o envelhecimento, possui sim vários compostos que atenuam e protegem de doenças normalmente associadas a pessoas mais idosas. Falamos da diabetes e principalmente da saúde do cólon intestinal.

Sobre a diabetes o Worl Journal of Diabets, em 2017, identificou concentrações assinaláveis de beta-glucano e vários oligossacarídeos nas paredes do A. Blazei. Estes compostos são conhecidos por melhorar os níveis de Glucose no sangue.

Relativamente à saúde intestinal, as potentes propriedades anti-inflamatórias deste cogumelo demonstraram resultados de redução da inflamação 18 a 78% em doenças como a colite ulcerativa e doença de Crohn. Este estudo foi realizado pelo Jornal Escandinavo de Imunologia em 2011 e atestou, de certa forma, que este é mais um caso em que a lenda tem algo de real que a suporta.